Anualmente, aproximadamente 30 mil vagas na área de tecnologia permanecem desocupadas devido à escassez de profissionais qualificados. Segundo um relatório da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), a expectativa é que a demanda por profissionais de tecnologia cresça de 70 mil para 329 mil vagas por ano até 2024.
Essa dificuldade em contratar talentos tecnológicos também impacta o Itaú, um dos maiores bancos do Brasil. Para enfrentar esse desafio, o banco estabeleceu uma parceria com a École 42, uma escola de programação que adota uma metodologia inovadora sem o uso de professores.
A colaboração ocorre por meio do programa 42 Labs, onde os alunos desenvolvem projetos reais para empresas parceiras ao longo de cinco meses. Para o Itaú, essa foi uma solução eficaz, pois permitiu a conexão com novos talentos já alinhados à cultura da instituição. Desde o início da parceria em 2020, mais de 20 estudantes participaram do programa e foram contratados pelo banco.
“Além de ter acesso a talentos que o mercado ainda não descobriu, contribuímos para a formação de profissionais qualificados em uma área com alta demanda por mão de obra especializada”, afirma Thiago Charnet, diretor de Tecnologia do Itaú Unibanco.
**Equipe Completa**
Além de facilitar o acesso a novos talentos, o 42 Labs proporciona às empresas a oportunidade de contratar equipes de tecnologia que já estão preparadas para trabalhar em conjunto e resolver problemas de forma eficaz. Outro benefício é a possibilidade de contratar desenvolvedores em formação que já têm experiência prática, reduzindo o tempo de adaptação ao ambiente de trabalho.
“O Labs 42 foi criado para que os alunos enfrentem na prática os desafios que os profissionais de tecnologia encontram nas empresas. A contratação é uma consequência dessa experiência, que tem se mostrado cada vez mais eficiente”, declara Lula Rodrigues, CTO da 42 em São Paulo.
“Aqueles que não são contratados pelas empresas parceiras durante o projeto saem do Labs preparados e já começam a participar de processos seletivos antes mesmo de concluir a formação, com a maioria finalizando o curso empregada”, conclui.